sábado, 1 de outubro de 2011

Em alto e bom som


Jean Scussel 


20 de Outubro de 2011

Na sessão do dia 08 de Agosto de 2011, um de nossos vereadores mostrou mais uma vez que sua capacidade para elaborar frases ostís e impensadas não sana, disse claramente com as seguintes palavras: "[...]eu já li no Folha-Sete que eu sou filhote da ditadura; mil vezes filho da ditadura e honesto que filho da democracia e ladrão!". Ladrão? Quem? Sabe o que foi a ditadura? Digo-lhe piamente que alguns de meus idolos politicos foram exilados na tua ditadura, lutaram pelo povo, defenderam a liberdade e a democracia, enquanto os ditadores que tu pareces ostentar, roubaram nosso crescimento, foram covardes com o povo e com a legalidade, nos trataram como cães irracionais. Os homens dos quais me orgulho e estufo o peito para defender foram para as ruas lutar pela vontade das pessoas, lutar de forma honesta. Os ditadores foram armados, covardes, obrigaram nossos defensores a fugir por suas vidas; covardes! O vereador fala agraciado de sua certeza as seguintes palavras: "[...] no tempo da ditadura pelo menos o roubo era bem escondido, agora é declarado [...]". É isso que o senhor pensa? Roubar é digno de alguma forma? Escondido é mais ético?

"[...] no tempo da ditadura 
pelo menos o roubo era
bem escondido, 
agora é declarado [...]".

Os homens dos quais o senhor recentemente chamou de safados sem vergonha, tiveram que fugir do país com suas famílias, e foram perseguidos e caçados pelos militares, acredito que o senhor vereador dotado de uma postura mascula e sempre detentora da razão, também como representante de uma população deve conhecer de história? Políticos como Leonel de Moura Brizola um dos senhores que caluniou recentemente, e pior, covardemente, pois este nem aqui entre nós está mais para se defender, este, um dois maiores nomes na história política do país, pessoas como o presidente João Goulart, artistas e muitos mais, tiveram que deixar para trás a pátria que amavam

Como disse Cristovam Buarque em seu recente artigo "REAJA", contrariamente às insinuações sobre meus motivos de reagir a atual situação que encontram-se as sessões da câmara, não foi uma novela que me motivou a protestar contra a oposição, mas sim, palavras como as seguintes, "Reaja contra a falta de liberdade. Grite, grite sempre e o mais alto possível por suas ideias. Reaja contra o silêncio que acomoda e engana. [...] contra o pensamento único criado pela mudez conformada, assustada ou conivente dos intelectuais. Reaja contra a impressa medrosa ou comprada, ou simplesmente cega, sem capacidade de análise independente." e mais, "Reaja contra a corrupção de políticos que põem dinheiro público no bolso ou na conta, por propina ou por desvio de recursos. Mas reaja também contra a disfarçada, mas igualmente grave corrupção nas prioridades. Beneficiando minorias privilegiadas, trocando sistema de água, saneamento, escola e hospitais pela construção de obras que beneficiam apenas a minoria rica de cada país. Reaja contra o cinismo de políticos e de eleitores, nas eleições.". Sim, estamos reagindo e acrescento mais: “Vamos reagir contra as reações infundadas de nossos representantes que tentam a todo custo boicotar as administrações que realmente trabalham, pois sabem que o povo enxerga, e a ditadura acabou, sabem que mais quatro anos vem ai, e querem a todo custo o poder, porque vivem dele, são doentes e viciados em mandar.”, quem mais quiser vir conosco mostre a cara, proteste, lute, repudie, somos nós os nossos governantes e representantes, não deixemos grosserias alheias nos dar caras e bocas, afinal de contas vereador, "Quem julga os outros pela aparência, acabará por ser julgado", e saibas que as palavras de ofensa que saem da tua boca, demonstram no mínimo a tua educação como cidadão, e infelizmente para os cidadãos de Seara, você está lá como autoridade.


Não pense que ficaremos omissos, faremos o máximo possível para divulgar nossas ideias e ideais, fiscalizem sim, é seu trabalho também, mas andem na linha, pois a juventude de Seara está viva dentro de nós, vai cobrar e lutar, nas palavras de teu xará, Ernesto Rafael Guevara de la Sierna, o Che, “Se você é capaz de indignar-se a cada vez que uma injustiça é cometida no mundo, então somos companheiros”.

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